"É uma dança, que vai e que vem / Que mexe com a gente / É frevo meu bem!" (Capiba)
Em dois meses de trabalho novos foliões (e foliões novos) vêm se apaixonando pela dança do Frevo. Na pracinha lampião, por exemplo, com seus passistas mirins que todas as quartas e quintas acertam o seu passo, aprendendo que o frevo vai além da ponta do pé e do calcanhar, começando a entender essa dança tão rica de movimentos, entre famílias e variantes, garantindo que o legado de Nascimento do Passo permaneça vivo também aqui no sertão do Pajeú! Hoje vamos falar de duas foliãs especificamente, mas aos poucos mostraremos todas e todos que participam efetivamente das nossas ações. As duas "Marias", Maria Eduarda (8 anos) e Maria Jhúlia (5 anos), apresentam uma evolução muito gratificante, chegaram timidas assim como toda criança, mas já mostram uma grande desenvoltura seja na execução do passo como também na espontaneidade de dança-lo. Maria Jhúlia, com apenas 5 anos expressa no seu passo uma modalidade caracterizada pelo Mestre, e incluída na sua metodologia, que é a Modalidade da Criança. A modalidade da criança consiste, de forma geral, naquele passo despreocupado com a música, apenas fazendo o movimento e, entre um movimento e outro, paradas pensadas para poder executá-lo, como se tivesse tentando lembrar do passo, até caindo no chão e sorrir com o acontecimento.
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Maria Júlhia e o passo "tesourão" |
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Duda executando o passo "dobradiça" |
Outra coisa bem específica de Juju é o fato dela ter uma boa memória em relação ao nome dos movimentos, quando perguntamos ao grupo sobre os passos aprendidos em aulas anteriores, ela é uma das primeiras a se lembrar e tentar fazer o movimento com o seu jeitinho especial. Mª Eduarda, incentivada pela mãe a voltar a fazer frevo (antes Eduarda tinha aulas de frevo pelo SESC de Triunfo, cerca de 30 km de Serra Talhada), apresenta uma facilidade em desenhar e executar o passo, é esforçada e atenciosa com os movimentos e os detalhes necessários para a dança do Frevo. Duda têm um potencial visível para se tornar uma ótima passista e futuramente ser uma multiplicadora, sempre se preocupa em saber se está fazendo correto e se posiciona na frente para ficar atenta ao movimento feito pelo professor Gil Silva. Passos que exigem uma observação mais atenta, como os da
família dos cruzados, incluindo a tesoura e o passeando na pracinha, por exemplo, ela consegue aprender rapidamente, assim como também a família de passos que incluem a
dobradiça e chã de barriguinha!
Sabemos que esta construção e a vivência do frevo deve ser constante, com dedicação, conduzida com amor e principalmente gostar da dança pois, qualquer dificuldade que se apresente no caminho do aprendizado, como a dificuldade de não acertar o movimento ou questões do dia-a-dia podem desestimular aos iniciantes da dança Frevo.
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Essa semana também fizemos uma parceria com a Fundação Cultural Cabras de Lampião, com aulas de danças populares para adolescentes que moram no Bairro Vila Bela. |
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Aula de Cavalo-Marinho |
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Professor Gil Silva construindo o passo "dobradiça" com as crianças. |
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Jhúlia registrando sua presença. |
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Ponta de pé e calcanhar na pracinha lampião |
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Ponta de pé e calcanhar na concha! |
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Maria Jhúlia participando da roda e fazendo o passo "saci" |
Fico cheia de orgulho em ver palavras que descrevem o desenvolvimento da minha filha Maria jhulia. Os dias das aulas são esperados com ansiedade por ela , fica dançando em casa e cantando o hino da escola de frevo que aprendeu desde o dia em que vocês ensinaram ( até eu já canto de tanto ouvi-la aprendi, kkkkk) Obriga
ResponderExcluirA juju arrasa! !!!!! Ela tem mesmo essa facilidade de aprende e memorizar as coias.
ResponderExcluirUm beijao a todos os freviocas da lampiões e da concha
Karla, um super abraço! Obrigada por nos apoiar sempre! Juju é Show!
ExcluirEste frevo está deixando as crianças dipostas e com responsabilidadde não faltar, eu sou a avó de Juju e marina muito feliz de velas assumindo as resposabilidades com as aulas cada dia uma novidade uma nova empolgação das familias bjs Gil e Flavia
ResponderExcluirQue coisa boa Maria Anita, ficamos muito felizes por ler (e ouvir) dos responsáveis esses depoimentos! Fazemos tudo com muito carinho e seriedade. Muito obrigada! Um abraço.
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