sábado, 3 de outubro de 2015

Sobre nossa identidade e a cultura de resistência


Reforço na iluminação da pracinha Lampião. 
Essa semana queremos compartilhar de uma grande surpresa e também dos impactos positivos que o projeto SerTão Frevo vêm conseguindo, com a sua atuação na pracinha lampião e na praça Agamenon Magalhães (Concha). Nós queremos aproveitar o espaço para agradecer ao pai de Maria Jhúlia, Thehunnas Mariano, por ter nos orientado na solicitação de melhorias na iluminação da pracinha lampião. A praça agora está mais iluminada e isso é retrato de que a cultura pode sim ser uma forma de possibilitar o desenvolvimento não só humano, mas também econômico e social. Com o reforço da iluminação não só nossas aulas foram beneficiadas mas também o espaço do parquinho, que antes era às escuras, está mais agradável e adequado para as crianças e os moradores da região. 
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Com o lançamento da nossa identidade visual (você pode ver a postagem aqui), alguns dos responsáveis pelas crianças que participam do projeto acharam que seria interessante se todos tivessem também sua "farda". Para nossa surpresa essa semana algumas das crianças apareceram com as camisas personalizadas firmando uma linda parceria com aqueles que acreditam na cultura como transformadora, permitindo que suas crianças entrem em contato com esse bem que é nosso, o Frevo. Em conversa com a avó das meninas Marília, Mariana, Marjore e Monique, ela nos confidenciou que sua casa agora respira frevo, que a Marjore, a mais nova das netas, por exemplo, fica perguntando quando dias faltam para nosso encontro. Karla, a mãe de Maria Jhúlia, nos falou que esses dias juju chamou-a para ensinar a “tesoura que corta” (O professor Gil Silva fala para as crianças, quando elas estão tentando fazer o passo tesoura, e se atrapalham entre cruzados e organização das mãos, que a tesoura não corta nada, consequentemente quando fazem o desenho do passo bem organizado, esta tesoura corta). É bom saber que o Frevo começa a fazer parte das famílias que levam e acompanham as crianças nas aulas, isso é fruto do processo de construção da nossa identidade e acreditamos que muitas coisas boas virão! É bem visível que o Frevo mudou a rotina dessas famílias, que deixam seus afazeres do dia-a-dia ou o seu momento de descanso, para satisfazer uma vontade que aos poucos está sendo incorporada nas crianças, aprender cada vez mais a dança do Frevo.   E mais....a ocupação da praça Agamenon Magalhães ganhou um reforço cultural, o grupo de Capoeira do Mestre Gingado Dias e Jackson Oliveira (Pres. João Arcanjo), após uma conversa informal de um dos representantes com o professor Gil Silva no mês passado, começa suas atividades no local simultaneamente as nossas aulas dos sábados. Isso é cultura de resistência!!! Vamos ocupar os espaços públicos com atividades culturais de qualidade, permitindo que as pessoas possam ter acesso aos bens culturais, não apenas em apresentações mas também se inserindo e se apropriando dessas práticas. Vejam algumas fotos das nossas ações desta semana:


Trabalho em duplas para organização do passo "Plantando Mandioca"

Maria Eduarda executando o passo "Plantando Mandioca"

(Idem)

Sthéfany e Maria Jhúlia (duas das que estão desde o começo do projeto)
 usando a camisa com nossa identidade!  

Executando o passo "Dobradiça" e mais algumas fotos das meninas usando nossa identidade!! Lindo de ver!

O professor Gil Silva explicando sobre o passo "Plantando Mandioca". 


Muito bom ver a alegria dessas futuras passistas




A capoeira ocupa a praça! 


2 comentários:

  1. Não é difícil perceber um trabalho de qualidade. Esse projeto será referência na região e adjacências.

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    1. Obrigado amigo Alex, sei que torce por nosso trabalho! um abraço. Esperamos quem sabe revelar grandes passista assim como você.

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